Editores ao vivo e seus produtos de catação

Faustini discutiu o "fazer literário" com o grupo

A sexta-feira, dia 12, foi um dia de problema na Escola Livre da Palavra, ou melhor, dia de colocar problemas nos objetos, para definir como será a catação de personagens nos cenários das kombis, vans, cabeleireiros e lans. O coordenador do projeto, Marcus Vinicius Faustini, mostrou na prática, em um trecho de uma página e meia do livro Vida Breve, de Juan Carlos Onetti, como se desenvolve um texto combinatório, com fluxo contínuo.

“Fazer literatura não é só viver, nem ver. Muitas vezes é preciso escutar a imagem. E também contar o que foi visto”, comenta Faustini, propondo que os escritores do projeto se entreguem totalmente à obra, principalmente na tarefa a ser realizada neste sábado. Cada um terá de ficar no mínimo meia hora em um ou mais cenários escolhidos, e prestar muita atenção em tudo à sua volta: os sons, objetos, cheiros, texturas, cores…

Objetivo é fazer com que os escritores se transformem em editores ao vivo, catando camadas de percepção

De acordo com Faustini, um dos objetivos desta tarefa de campo é que os escritores se transformem em editores ao vivo, catando camadas de percepção. A participante Combatentte, que já havia se antecipado em sua catação num salão de beleza do seu bairro, Vigário Geral, vai refazer a tarefa, desta vez prestando mais atenção aos problemas apresentados por Faustini. “Para mim o mais difícil foi ouvir as histórias e não interferir, não comentar nem emitir opinião. Mas gostei muito de escutar as histórias e de montar meu mapa”, revela.

Sobre alebizoni

Jornalista especializada em Mídia e Educação
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