Autores em busca de seus personagens e de um fluxo contínuo de narrativa. O encontro de Marcus Vinicius Faustini com o grupo de escritores do projeto Apalpe, na última quarta-feira, investiu nessas duas metas e na apresentação de ferramentas e conceitos que ajudem a transformar a tarefa dada em tarefa cumprida.
Uma plateia ávida e curiosa participou ativamente. “Como é que faz para não parar nunca, para ter fluxo o tempo todo?”, perguntou Ana Paula Lisboa, quando foi apresentado o conceito de “adiamento”. A ideia é criar uma narrativa estilo esteira rolante, um fluxo, sem a procura pelo grande momento, pelo Gran Finale.
Outro conceito apresentado na noite foi de combinatório. E o exemplo dado por Faustini estava ali do lado de fora, na mesma Lapa que abriga a sede da Escola Livre da Palavra. “Tem a Lapa boêmia, a romântica, a comercial, a residencial. É combinatório puro”.
Para Faustini criar é produzir conceitos e a aula de quarta foi para fornecer estratégias (e estéticas) para a ação que vai gerar os textos que devem estar finalizados até o fim deste mês. Serão produzidos 30 tira-textos (textos embalados em pet, como mensagens na garrafa) que serão distribuídos em vans, kombis, cabeleireiros e lans – os mesmo lugares onde as histórias serão coletadas pelos escritores do projeto, seguindo os conceitos e estratégias apresentados por Faustini.
Um conceito em especial será utilizado num projeto ainda mais ambicioso: a Blognovela “Lapa Girl”. A “catação” é o trabalho de campo em si, uma busca dos corpos que habitarão a obra, com estreia prevista para o verão.
Eu sou olho grande …queria fazer parte do grupo de autores também! 😦
Tenho certeza que os encontros estão sendo geniais.
Hare
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