Poesia e música na TV ao vivo!

Foram três dias de muita arte e alegria na Lapa, em pleno verão carioca – e tudo sob a chancela do Apalpe. Depois do Sarau e da apresentação de esquetes, plenos de diversidade e criatividade e observados por gente de experiência e talento nas bancas e mesas de jurados, o sábado 22 foi dia de poesia, música e interação com o público, na primeira transmissão do programa Apalpe – A Palavra da Periferia, comandado pelo coordenador do projeto, Marcus Vinícius Faustini, e que pode ser conferido no site www.apalpe.wordpress.com.br.

A transmissão ao vivo era a grande novidade do terceiro dia consecutivo de atividades do Apalpe na Lapa, mas o dia não era só de imagem, teve também muito conteúdo. Mineiro da cidade de Ladainha, em Minas Gerais, e cria da Zona Sul de São Paulo, o poeta Sergio Vaz, de 46 anos, proporcionou ao público do Apalpe uma tarde cheia de rima, música, poesia e muita risada. A Oficina de Criação Poética abriu as programações na Escola Livre da Palavra.

Oficina de Criação Poética com Sergio Vaz

Sergio iniciou os trabalhos falando sobre sua infância e de como teve os primeiros contatos com a literatura e com a poesia. Foi em casa, remexendo nas estantes de seu pai. Pegou gosto por ler todo tipo de livro. A partir daí se envolveu em movimentos literários e poéticos, e se orgulha em ser um dos fundadores da Cooperifa – Cooperativa Cultural da Periferia. O movimento, que reúne toda quarta-feira, ininterruptamente há nove anos, poetas e simpatizantes no bar do Zé Batidão, na Zona Sul de São Paulo, vai lançar no próximo dia 26, a primeira edição da revista que tem como título o nome do projeto.

“Para mim poesia é a forma de ver o cotidiano, de interferir na paisagem. Poesia pode ser gerada de tudo que está à nossa volta”, comenta Sergio, que iniciou a Oficina de Criação Poética na Lapa, a mesma que dá nas escolas públicas e na Febem de São Paulo, a partir de um copo de água. Cada participante falou uma palavra que pode ser associada aos derivados da água e Sergio anotou. O próximo passo foi escrever um poema, de no mínimo 12 linhas, sobre o tema. O trabalho culminou num sarau.

Dinâmica com a água como fruto da criação

Pessoas que nunca haviam escrito um texto poético como a bailarina Eloah Oliveira tiveram uma experiência inovadora. “Estudo jornalismo e estou mais acostumada a escrever um texto mais factual, sem muita bossa. Aqui fiquei muito à vontade para criar”, comenta Eloah.

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