Nem mesmo a chuva que caiu na noite desta quarta-feira, dia 15, foi capaz de tirar o ânimo dos apalpianos que se reuniram na Escola Livre da Palavra, na Lapa. A evolução, já ressaltada no encontro de sábado com o grupo de atores, também se fez presente entre os escritores, que levaram textos com ótimo fluxo, segundo observação de Marcus Vinícius Faustini, coordenador do Apalpe.
“Vocês encontraram ótimas soluções para encaixar as frases dos inventários. O material da Flávia Muniz ficou com ótima fluidez. Eduardo Almeida melhorou muito. Ernani Cal e Ana Paula Lisboa também deram soluções muito interessantes para seus textos”, elogia Faustini.
O secretário de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu, Écio Salles, fez a mediação durante a leitura dos escritores, que quebraram a cabeça para entender os novos conceitos apresentados: devir e monstro. “Devir é um desejo de continuar em fluxo no mundo, sem fingir ser outro. Não é um desejo de ser alguém, e sim de operar a si no mundo. Nós estamos falando de subjetividade”, explica Faustini.
A exemplificação da ideia de monstro veio em seguida: “O camelódromo, por exemplo, é
um monstro. É algo que surge fora do organizado. Uma dinâmica o tempo inteiro. É algo que nunca fica estático. Como elemento pra nossas pesquisas, já que nós queremos operar uma outra maneira de representação na cidade, temos que pensar nisso”, enfatiza o coordenador, que deu continuidade aos trabalhos com a sugestão de uma tarefa: negociar tudo visto até hoje desde o início do Apalpe com gêneros literários que já existem. E para a última aula de 2010, Faustini propôs ainda que cada participante do projeto leve um objeto pessoal que gostaria de deixar na Escola Livre da Palavra.