Sob os olhares atentos do crítico de cinema Daniel Schenker, os atores do Apalpe se apresentaram pela primeira vez no Ibam com os textos devidamente decorados e sem interrupções durante as esquetes. Com cenas vivas e pulsantes, definições dadas pelo próprio Daniel, os apalpianos deixaram o nervosismo de lado e foram à luta.
Após as apresentações, os atores sentaram em círculo e ouviram atentamente às sugestões do crítico e do coordenador do projeto, Marcus Vinicius Faustini. “Vocês precisam ter dois cuidados. Primeiro há uma tendência comum de reiterar o movimento ou o clima do texto através da fala. Um exemplo: se é uma fala sobre a espera no ponto de ônibus, a voz fica entediante e reitera esse tédio do momento emocional do texto. Na verdade, se o texto já dá esse tom, não tem muito porque reiterar isso. O outro cuidado é com um excesso de movimento, de ações, como se para ser teatral precisasse encenar todas as palavras do texto. Algumas vezes eu sentia falta do falar o texto, de um falar mais desacompanhado de uma certa ansiedade em produzir movimentações”, conclui Schenker.
Querendo saber se estava no caminho certo, Talitta Chagas perguntou ao crítico: “Você acha que devemos pegar uma reta e seguir em frente, ou dobrar a esquina e começar o zero?”. A resposta foi pragmática. “Você vai mudando a partir do que já tem”. O grupo recebeu também um elogio de Faustini. “Vocês finalmente decoraram os textos. Agora sim dá para começar a trabalhar. E nada aqui estava sofrível, o que é um bom sinal. Agora é preciso ensaiar muito”. E foi pensando nisso que os atores aproveitaram o resto do dia para reestudar os textos e performances, já na expectativa do próximo encontro.
Repetição é a solução…
Bjss
Flávio.
Só de ler a fala da Talita, já senti uma baita saudade de todos vocês!