Os artistas do Apalpe deram um colorido especial à intervenção artística na Lapa.
Durante a inauguração da Escola Livre da Palavra, os apalpianos realizaram diversas intervenções, interagindo com o público e pondo em prática muitas das descobertas estéticas, elaboradas ao longo dos três meses de oficinas.
Alguns realizaram sua ação a partir do texto produzido durante o Apalpe, como Ana Paula Lisboa. Como seu texto era “Doce”, a participante trouxe brigadeiros e dos distribui ao público. No entanto, para levar o doce, as pessoas precisavam escutar parte de seu texto, que foi gravado em seu celular, em duas partes.
O trecho tocado no telefone era definido de acordo com um número (1 ou 2) , que vinha no fundo do pote de brigadeiro. “A resposta do público foi muito boa “, revelou Ana Paula.
Houve também parcerias entre os apalpianos. Tathi Mendonça se uniu a Wiliam Santiago para apresentar uma performance, na qual Santiago encarnava o polêmico Macunaíma, de Mario de Andrade, e Tathiana interpretava Ci, personagem do mesmo romance.
Já Flávio Mendonça não buscou necessariamente inspiração em seu texto. Ele saiu pelas ruas, com a boca atada por uma faixa vermelha, sinalizado ao público que pintasse uma mensagem na cor vermelho sangue, em sua roupa.
As intervenções foram realizadas na noite do dia 8, após a inauguração da Escola Livre da Palavra e ao lançamento da Revista Apalpe – publicação que trouxe os textos produzidos pelos 35 participantes durante as oficinas do evento.
Além dos cartazes colados ao longo da Rua Teotônio Regadas, onde fica a
Ter levado meu trabalho para as ruas , fazê-lo circular e ser percebido , apalpado pelas pessoas , deu todo sentido à produção.
Lembrei e vivenciei a frase do artista plástico Vik Muniz : ” Faço arte para poder observar pessoas a observarem minhas obras”.
Muito Bom!