Como a regra do Apalpe é fazer diferente, Aderaldo chegou disposto a desconstruir a ideia, que ele chamou de senso comum, de que o cordel é uma arte “simples, feita por analfabetos”. E de fato não há como chamar o cordel de simples depois de ouvir a história do surgimento do gênero contada por Aderaldo.
Ele voltou lá no final do século XIX, na cidade do Recife, para contar ao público como que 4 paraibanos criaram essa arte que muitos chamam de simples. Ao longo da história, Aderaldo fez questão de destacar como o ambiente acadêmico brasileiro não nutre muita admiração pelo cordel e entre críticas, bradou: “a academia morreu, hoje o que existe é um amontoado de egos”.
Passada as críticas Aderaldo contou que nunca se produziu tanto cordel no Brasil quanto se produz hoje, ainda que ele não seja difundido na mesma intensidade. E terminou a oficina lembrando aos presentes que o cordel é a única expressão literária originalmente brasileira que sobreviveu ao passar dos séculos.
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Aderaldo Luciano_a palavra da periferia