O Pixo

Documentário de João Wainer discute se o pixo é arte ou vandalismo

O Pixo é um documentário produzido pelo fotógrafo João Wainer, da Folha de S. Paulo, e seu irmão Roberto T. Oliveira, em 2009.   

A produção registra diversas ações de pichadores na cidade de São Paulo, sob um novo enfoque: a discussão em torno do pixo — “vandalismo ou arte?”. 

Eis algumas palavras de Beá Meira sobre a questão: 

“Não se trata de defender a atitude dos pixadores,
mas de expor uma forma de apropriação de territórios.
Uma forma pacífica.
Através da escritura, da pintura, dos sinais, estes jovens estão dizendo
Aviso: esta cidade é minha, este prédio é meu.
É claro que seria mais polido se eles sentassem nas calçadas e representassem os prédios em desenhos delicados
– como eu faço as vezes- e depois publicassem estes desenhos em revistas sofisticadas.
Representar é também uma forma de apropriação.
Como fizeram os jogadores holandeses colocando a bandeira do Brasil na camiseta, para jogar contra nosso time na copa do mundo.

Trata-se de um rito de guerra.”

Beá Meira, arquiteta, arte-educadora, professora e artista plástica. 

Veja, abaixo, um link para uma versão do documentário. 

http://www.youtube.com/watch?v=HXybgvyS6Vc&feature=related

Indicações de Beá Meira 

Ao final da palestra, Beá deixou as seguintes indicações de vídeos: 

Arnaldo Antunes, vídeos do DVD Nome, 1993 

Carnaval 1:42 mim 

http://www.youtube.com/watch?v=VBUuxi6RXj8&feature=related 

Nome 1:02 mim 

http://www.youtube.com/watch?v=cb-wRyhvdyU&feature=related

 Pessoa 2:16 mim 

http://www.youtube.com/watch?v=0W1LNy12h8Q&feature=related

Não tem que precisar 1:03 

http://www.youtube.com/watch?v=052BrpD6J8M&feature=related

 

Sobre alebizoni

Jornalista especializada em Mídia e Educação
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8 respostas para O Pixo

  1. alebizoni disse:

    Olá Ernani,

    Todos os links estão funcionando.

    Talvez, o do documentário, por ser mais longo, demore um pouco mais para carregar.

    Tente de novo.

    Abraços,

    Alessandra

  2. Cristina Hare disse:

    Assistir aos vídeos enfatizou o que já tínhamos visto e praticado no encontro. A interação da palavra falada e escrita, os sons mixados com signos , tudo isso desperta para o quão maior é a capacidade de comunicação , quando se extrapola as limtações do convencional.
    Uma verdadeira catarse de sinestesia!
    Dá vontade de sair por aí rabiscando tudo…por favor , me segurem!

    Hare

  3. O que mais me chamou atenção no vídeo, muito bom por sinal, foi o pixo como provocação, uma ação que atravessa a normalidade do cotidiano e instaura novas linguagens, dando vazão a necessidade humana de se expressar. O caráter de linguagem interna, feita para os proprios participantes da tribo, é outro ponto de destaque. Os traços e símbolos são cuidadosamente elaborados, refletindo a criatividade e a singularidade do pixador/artista.

    Diante do vídeo, pensei no APALPE. Creio que nossa ação visa provocar, gerar emoção, e, como disse o faustini, abalar a moral. No entanto, diferente do pixo, a nossa linguagem deve ser para fora, ser pop, o resultado de um diálogo com varias expressões artísticas da atualidade. Devemos criar procedimentos de criação capazes de vazão a nossa relação do corpo com o território através da palavra. As técnicas aqui elaboradas devem ser socializadas, pois os habitantes dessa e de outras metrópoles também precisam falar de seus desejos, sonhos, frustações e angústias, e, talvez, o APALPE possa dar algumas pistas e apontar novas possiblidades de expressar a existência.

  4. Oi!
    Pensei um pouco sobre o pixo e sobre pixação. Não tenho nenhuma opinião muito conclusiva. Mas entendo que quando me identifico com a pixação, por algum motivo, ela não me incomoda.

    Fiz alguns versinhos a partir desse meu achar, depois da aula da Beá e depois de assistir o documentário. São versinhos medíocres, ou seja, na média. Seguem abaixo.

    Ciro é Collor
    foi o que eu vi
    não tinha como não ser
    estava escrito ali
    para todo mundo ler
    antes do belo
    vem o saber
    e como faz parte daquele contexto
    também pode ser arte
    talvez não arabesco
    ————————————————-
    É
    parece querer expressar
    o que sente, o que vê, o que dói
    sente parte da cidade
    que constrói e que destrói
    necessita ser ilegal ou proibido
    porque só assim faz sentido
    tem no (o) instinto libertador
    por ser ato transgressor
    —————————————
    Beijo grande para todos!

  5. Flávia Muniz disse:

    muito bom esse Arnaldo Antunes!

    té sábado

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